quinta-feira, 31 de maio de 2012

Curiosidade: Como os gregos bebiam o vinho

Beber até mesmo um vinho fino sem antes misturá-lo com água era considerado primitivo pelos gregos, particularmente pelos atenienses. Apenas Dioniso, considerado o deus do vinho, segundo acreditavam, podia beber vinho não misturado sem riscos. Ele é frequentemente representado bebendo num tipo especial de jarra cujo uso sugere que nenhuma água foi adicionada. Os simples mortais, por outro lado, só podiam beber o vinho cuja força tivesse sido abrandada com a água, caso contrário ficariam extremamente violentos ou mesmo enlouqueceriam.

Frase do dia


"O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria." (William Shakespeare)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Receita: Vin Chaud

No Brasil, a bebida mais popular que leva vinho em sua composição é o "quentão", tão típico de nossas festas invernais. Mas engana-se quem pensa que o vinho quente seja típico brasileiro e somente preparado com vinhos de baixa qualidade. Esse tipo de bebida é uma tradição na Europa desde os romanos, onde o frio persistente fez com que as pessoas criassem uma preparação que levasse vinho, uma infusão de ervas, especiarias e frutas. É também uma bebida tradicional na Alemanha (chamada Gluhwein), servida nas feiras de Natal e no bares tradicionais há muitos séculos e, em princípio, o vinho era aromatizado com ervas e frutas para esconder o fato de que não estava mais tão bom quanto deveria. Com o passar do tempo, as técnicas de preparo e de conservação dos vinhos foram se modernizando, mas a tradição de aromatizar os vinhos não se perdeu, ao contrário, se multiplicou em ponches, sangrias e coquetéis, da Europa para o mundo.

Receita Vin Chaud

Ingredientes:
1 garrafa (750 ml) de vinho tinto seco de boa qualidade 
(sugestão: cabernet sauvignon) 
1 casca de laranja seca 
(secar na véspera no forno por 45 minutos)
1 casca de limão seca
1 bastão de canela
4 cravos
1 fava de baunilha
 ¼ de xícara de açúcar
Modo de preparo:
 Aqueça em fogo médio até levantar a fervura, mexendo para dissolver o açúcar. Reduza a chama, deixe aquecer por mais 5 minutos.





quinta-feira, 24 de maio de 2012

Harmonização do dia

Prato: Olhete em crosta de amêndoas
(acompanhado de risotto de brie e damascos)
Vinho: Goat Door Chardonnay 2009

Características do vinho: 
País: África do Sul 
Região: Paarl e Darling, Coastal
Uvas: 70% Chardonnay de Paarl e 30% Chardonnay de Darling
Volume: 750ml
Cor: Amarelo palha claro.
Aroma: Perfumado com notas de pera cozida e maçã vermelha.
Palato: Excelente acidez, cheio em boca e com madeira bem integrada.
Harmonização: Ideal com pratos com frutos do mar e carnes brancas assadas ou grelhadas.
Teor Alcoólico: 14,00 %

Valor na Vino!: R$ 62,00

Notícia

O Brasil  ganha destaque no cenário vitivinícola mundial e está no rol das grandes nações apaixonadas pela bebida mais antiga do mundo. 
O mercado consumidor em potencial do país atrai a atenção de exportadores e de tradicionais produtores mundo à fora. Em 2010 as importações de vinhos finos tintos, brancos e rosados totalizaram 70,74 milhões de litros, um crescimento de 26,8% em relação a 2009, segundo dados divulgados pelo IBRAVIN.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Receitas com vinho: Sobremesa

Panna Cotta de Lichia com Morangos Assados no Vinho Rosé 

Para a Panna Cotta
- 1 lata (400 gr) de lichia em calda
- 3 colheres de chá de gelatina em pó sem sabor e incolor
- 350 gr. de creme de leite fresco
- 250 ml de leite integral
- 2 colheres de sopa de açúcar
Para os Morangos assados
- 150 gr de açúcar
- 100 ml de vinho rosé 
- 500 gr de morangos sem o cabo e folhas
- 1 fava de baunilha
Modo de preparo: Comece pela Panna Cotta, despeje a calda e as lichias no liquidificador e bata até obter um suco. Passe o suco pelo coador e reserve. Coloque 5 colheres de sopa de água fria em uma tigela pequena e polvilhe a gelatina por cima. Deixe descansar enquanto você faz a próxima etapa. Combine o líquido de lichia, creme de leite, e o açúcar numa panela média. Leve ao fogo médio, mexendo, até o açúcar se dissolver e começar a ferver mas sem deixar levantar a fervura. Retire a mistura de lichia do fogo e acrescente a gelatina. Mexa até que a gelatina seja totalmente derretida e misturada. Divida a mistura entre copos e leve à geladeira até ficar pronto, pelo menos 3 horas. Agora faça os Morangos Assados, higienize os morangos retirando o talo, e mantenha a fruta inteira, só corte ao meio caso seja muito grande. Coloque os morangos num refratário (não use uma vasilha rasa, pois o suco da fruta irá borbulhar bastante dentro do forno), polvilhe o açúcar e misture bem com as frutas. Com uma faca pontuda abra a fava de baunilha na longitudinal e raspe o miolo com as costas da faca. Misture as semente com o vinho e despeje o líquido sobre os morangos açúcarados. As duas partes da fava devem ser acomodadas junto ao refratário. Leve os morangos ao forno por 20-30 minutos ou até que assem e amoleçam. Retire do forno e separe a calda da fruta. Leve somente a calda ao fogo até espessar e reduzir. Junte novamente, calda e morangos e deixe esfriar completamente. Sirva a panna cotta nos recipientes, coberta com os morangos.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Conhecendo as uvas: Carménère


Carménère é uma casta de uva, originalmente da região do Médoc (França), onde era usada para a produção de vinhos tintos intensos e, ocasionalmente, para mistura. Os cachos dessa cepa possuem frutos que variam entre os tamanhos pequeno e médio e cores que tendem ao preto azulado. Na Europa, as videiras desta variedade foram dizimadas por uma praga e substituídas por outras castas mais resistentes. Atualmente, é exclusiva do Chile.A casta Carménère foi uma das mais amplamente cultivadas em inícios do século XIX no Médoc e Graves. Na década de 1860, as videiras européias desta variedade foram dizimadas pela filoxera, um inseto diminuto que afeta as folhas e a raiz, sugando a seiva das plantas, e substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot. Julgada extinta, foi redescoberta em 1994 no Chile por um ampelógrafo francês, chamado Jean-Michel Boursiquot, que notou que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot. Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, a Carménère se adaptou ao clima agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das uvas mais importante do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do Colchagua que há o seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas, sobretudo, ao isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico, o Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do Polo Sul, que protegem essa região de pragas.
Os vinhos produzidos a partir da cepa Carménère possuem cor vermelha lilás, bastante profunda, aromas de frutas vermelhas, terra, umidade e especiarias, com notas vegetais que vão se suavizando na medida em que a uva amadurece na própria planta.O Carménère distingue-se por uma cor vermelha profunda, aroma com notas de frutos vermelhos e especiarias. Os taninos são mais amigáveis e suaves que os do Cabernet Sauvignon. Notas vegetais tornam-no, porém, menos elegante que um Merlot. Faz um vinho de corpo médio, fácil de beber e que deve beber-se jovem, quando apresenta sabor persistente que tente ao gosto de framboesa madura e beterraba doce.

Vinho: Viña Chocalan Carmenère Reserva 2009 
Região: Valle del Maipo- Chile
Características: Aromas de amoras maduras, cereja, ameixa e cedro. Taninos elegantes, balanceado e de final longo e frutado. Preço: R$ 64,20
 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Harmonização do dia

Prato: Lascas de cordeiro
(ao molho demi-glace com couscous marroquino)
Vinho: Lagar de Bezana Syrah Limited Edition 2007 
Características do vinho: Pontuado com 93 pontos por Robert Parker. Vinho de cor violeta profundo, de grande complexidade aromática, com destaque para amoras, framboesas, frutas passas, defumados, cravo e chocolate. Robusto, persistente, encorpado e elegante.
Valor: R$ 138,00

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sobre taninos


Ouvimos falar muito sobre os taninos no mundo do vinho. Taninos redondos, elegantes, etc. Afinal, o que são? São os taninos que causam aquela sensação de secura e até de amargor em sua boca quando bebe um vinho tinto. Formam um grupo de componentes químicos que podem ser achados em frutas, no chá e em cascas de árvores. Chegam aos vinhos via galhos, cascas e sementes de uvas – e, ainda, através da madeira dos barris. Desde o cultivo da vinha e até o processo de produção do vinho são sempre um fator de preocupação: dependendo de como são tratados, afetarão profundamente o estilo do vinho que chegará à sua mesa.
Eles têm a capacidade de ligar-se a vários outros materiais químicos, em particular com as proteínas. Se aplicados a peles de animais, os taninos unem-se às proteínas transformando uma pele macia, mole, num material duro o bastante para fabricar sapatos, solas, cintos e selas. Os taninos formam, também, uma classe de compostos químicos existentes no vinho, os fenóis – que, por sua vez, dividem-se em duas categorias: os flavonoides e os não-flavonóides. Os nossos taninos estão no primeiro grupo.
Na vinha, os taninos agem como uma defesa. O seu papel é o de defender as plantas: quando jovens, as uvas ainda verdes, com sabor extremamente ácido e amargo, pois as sementes do fruto são o meio de sua reprodução, mas a planta só permite que o fruto seja consumido quando suas sementes ficam maduras. Quando um pássaro ou inseto tenta mastigar uma uva, taninos são liberados tornando a fruta horrível, amarga, indigesta.
Na medida em que as uvas amadurecem, a cor da casca se altera, tornando-a mais sedutora. Ao mesmo tempo, ficam menos ácidas e mais doces. E os taninos menos amargos. (Na verdade, os taninos não têm sabor: você os percebe pela maior ou menos sensação de secura e adstringência na boca.
Nessa progressão, os taninos vão de verdes, muito jovens e amargos, quase que “mastigáveis”, a mais macios, sedosos, aveludados. Ou seja: ficam maduros, mais elegantes. São fundamentais para a qualidade dos vinhos tintos. Além de sua participação nos componentes de cor, aroma e sabor e na preservação, contribuem para a sensação do vinho na boca, sua percepção no palato, sua textura (sedosa, aveludada, redonda, macia, elegante?).
Logo, nossos taninos são fundamentais - como suportes da estrutura de um edifício. Se um vinho tinto tem carradas de fruto e de álcool, mas pouca acidez e taninos, não está bem estruturado.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Conhecendo as uvas: Pinot Noir

A Pinot Noir é uma das uvas mais complexas do mundo do vinho. O berço da Pinot Noir é a maravilhosa Borgonha. Esta província localizada a sudeste de Paris tem como principal região na produção de vinhos a Côte D'Or (encosta dourada), dividida entre Côte de Beaune, sul da principal cidade da Região Beaune, e a Côte de Nuits, ao norte. A primeira produz, além de tintos fantásticos, os melhores vinhos bancos do planeta, todos a partir da Chardonnay. Ainda na região, a Côte Chalonnaise, localizada ao sul Beaune, produz excelentes vinhos.
As evidências nos dizem que a Pinot Noir é cultivada na Borgonha há mais de dois milênios - registros dessa uva datam do século IV a.C. Existem alguns indícios do seu cultivo desde o século IV d.C., mas oficialmente seu primeiro registro data do ano 1375. Vinte anos depois, um fato importante: Felipe O Atrevido, Duque da Borgonha, emitiu um documento que proibia o plantio da inferior Gamay na Côte D'Or a favor da Pinot Noir.

Características

A Pinot Noir não se adapta em qualquer região. É uma casta muito difícil de cultivar, quase temperamental. Para muitos apreciadores só existe uma região que vale a pena, a Borgonha. Para outros, menos radicais, ainda pode-se encontrar bons Pinot Noir na Nova Zelândia e Califórnia. Apesar dessa pequena diferença de opinião, existe o consenso que ninguém faz Pinot Noir como a Borgonha. Lá ela se mostra insuperável, majestosa e soberba.
A casta é vigorosa, deve-se tomar cuidado com o rendimento. Se o vinhedo não for bem cuidado, não há nada que se possa fazer na cantina, ou seja, não se conserta. Apresenta cachos pequenos e de cor violeta profunda, os seus bagos também são pequenos, redondos, delicados e de casta fina. Necessita de clima fresco bem equilibrado. Floresce e amadurece mais cedo. O excesso de frio produz vinhos pálidos e de sabores pobres. O excesso de calor sobre amadurece a Pinot Noir, provocando sabores e aromas excessivamente tostados e de geléias, afastando a elegância marcante.
Em linhas gerais, os aromas primários mais encontrados são: frutas vermelhas (cereja, framboesa, morango, ameixa), florais (violeta, rosas), especiarias (alcaçuz, açafrão, canela, orégano, chá verde) outros (vegetação rasteira, terra molhada, chão de terra, almíscar, azeitona preta). Com o tempo de guarda, os melhores vinhos podem apresentar: amadeirados (sândalo, incenso, cedrinho, caixa de charutos), animal (couro velho, suor), outros (ervas, especiarias, funghi, trufa).

Harmonização
A Pinot Noir produz vinhos delicados, assim com suas uvas. Assim, na harmonização há que se tomar muito cuidado para não se acompanhar comidas com sabores muito agressivos.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Harmonização do dia: Churrasco

O casamento entre churrasco e vinhos é algo que poucos estão acostumados, porém vale a pena trocar a cervejinha de vez em quando e apostar no vinho.
O Vinho tinto mais encorpado, combina muito bem com as carnes e as linguiças servidas em um
churrasco. Além disso. como o churrasco tradicionalmente se estende por longas horas de comida e conversa, o Vinho fica muito adequado a esse ritual, pois pode ser saboreado sem pressa.
Indicamos um vinho argentino, o Norton Roble Malbec 2009
Características do vinho: 
Amadurecimento de 12 meses em barricas de carvalho francês e 10 meses em garrafas. Apresenta aromas de frutas negras maduras, violeta e especiarias. Na boca é harmonioso, amplo e persistente.
Valor: R$ 36,00

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Rotas do vinho: Alentejo

Alentejo situa-se na zona sul do país, é uma região essencialmente plana, evidenciando alguns
acidentes de relevo, não muito elevados, mas que o influenciam de forma marcante.

Os solos são arcaicos e primários, com algumas áreas de xisto, argilo-calcáreas e arenosos. Os vinhedos situam-se entre 50 e 200m de altitude. Invernos pouco frios e verões bem quentes, e as chuvas são quase inexistentes (i.p. 60 mm anuais). 
Desde a época dos romanos se produz vinhos nesta região, como atestam várias ruínas de lagares e outras instalações. Decreto de D. Afonso II em 1221 ordena o plantio de vinhas com benefício para Évora. A demarcação ocorreu em 1981. 

No Alentejo é produzido o Vinho Regional Alentejano e vinhos da DOC Alentejo (ver mapas). Junto com a Bairrada, é a região vinícola de maior ascensão, sobretudo no exterior, graças às inovações técnicas adotadas, melhorando sensivelmente a qualidade dos seus vinhos a cada ano que passa. A maioria dos vinhos alentejanos, são jovens, de pouca guarda, fáceis de beber, especialmente os brancos. No entanto, muitos tintos são bem estruturados, entre os quais,pode-se encontrar alguns dos melhores vinhos do país.
As uvas do Alentejo são bastante típicas da região e muito conhecidas por aqueles que apreciam os potentes vinhos da região. As principais varietais cultivadas são a aragonês (a mesma tempranillo da Espanha), a trincadeira, a alfrocheiro e a alicante bouschet. Também podemos encontrar em alguns vinhos muito interessantes, a universal cabernet sauvignon e a festejada syrah.

Vinho da região:
Monte da Cal Reserva 2007
Uvas: Trincadeira,  Syrah e Alicante Bouchet
Amadurecimento: 8 meses em barricas de carvalho
Notas de prova: Vermelho violáceo. No nariz apresenta traços de menta, aniz e frutas vermelhas, tostados e especiarias. Vinho de boa acidez, agradável e elegante.
Harmonização: Acompanha caças de aves e e assados.
R$78,00